Resenha: Pollyana (Eleanor H. Porter)

10/15/2020

📚🌷Pequena e doce Pollyana, com seu jeito irreverente e mágico que transformando a vida das mais estranhas pessoas, seu jogo e seu otimismo são de se encantar os quatro cantos do mundo. 

A verdade é que eu tinha um conhecimento e impressão bem diferentes da história de Pollyana. Por causa da novela do SBT, eu achava a história muito simplista e todo jogo do contende bastante cansativo, mesmo não entendendo direito. Então mesmo conhecendo a obra e tendo adquirido o livro há algum tempo, eu tinha um certo bloqueio para iniciar a leitura. Foi depois de participar da leitura coletiva da Queria ser Alice da Anie, que eu decidi me aventurar pelas páginas desse livro publicado em 1915. 

No começo achei que ia ser uma das leituras mais enfadonhas que tinha conhecido. Sendo 100% honesta, toda positividade de Pollyane me irritava. Mas então o livro foi ganhando forma, e a protagonista foi mostrando mais complexidade, e que na verdade toda a positividade exacerbada era muito mais difícil de se manter do que parecia. Então página após página quando vamos entendendo Pollyana e vendo como até para as pessoas mais difíceis ela consegue dar um jeito de mostrar o lado bom, ou pelo menos fazer a pessoa enxergar que sim, uma saída daquele quarto sombrio e tenebroso, a consequência é acabar encantando o leitor também.  

A relação de Pollyana com sua Tia, Miss Polly, também é algo a se destacar, é bonito de se ver como de uma forma lenta e realmente trabalhada, a Tia desenvolve um afeto maternal por Pollyana, e também muda a forma de ver a vida por causa dela. Ou seja, a menina não encanta apenas as pessoas de sua família, mas um vilarejo inteiro, nós e o mundo. 

Se tenho algo a criticar é que muitas situações do livro parecem corridas demais. É como se você soubesse que havia mais história mas a autora decidiu não escrever cada detalhe. Talvez seja pela época em que foi publicado, talvez ele tenha sido publicado em forma de novela para os jornais, um pouco a cada semana, o que faria sentido pelas partes que parecem picotadas. Isso incomodou a mim, mas sei que é apenas um detalhe. 

Pelo livro ter me surpreendido de uma forma que eu não esperava ele merece destaque por aqui, sem contar que o jogo do contente é sim uma ótima forma de ver a vida. E todos nós deveríamos tentar de vez em quando, principalmente nas hora mais sombrias. 

Nota - 4 ⭐️


Vejo vocês em breve
Escrito por Driele

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Driele, 28 anos, fotografa intrínseca que gosta de falar sobre livros ✧
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